Os preços de referência do boi gordo tiveram baixa nesta sexta-feira, mas fecharam outubro com a maior alta mensal desde outubro de 2014, em meio a um cenário de oferta apertada de animais, informou nesta sexta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Universidade de São Paulo.
O Indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência para as negociações na bolsa de valores, fechou a sexta-feira a 148,25 reais por arroba, queda diária de 0,13 por cento, mas com ganhos acumulados de 2,5 por cento em outubro.
Trata-se do maior ganho mensal desde a alta de 8,5 por cento de outubro do ano passado.
Os preços se aproximam cada vez mais do recorde histórico registrado em meados de abril, de 150,65 reais por arroba.
Desde meados de agosto as cotações apresentam ganhos, devido à entressafra do boi gordo –com a escassez de animais criados a pasto durante o período de seca do centro-sul do Brasil– e com o cenário crônico de aperto na ampliação do rebanho.
A alta posterior a agosto já havia sido prevista por analistas.
“A oferta de bovinos terminados está reduzida e o cenário de restrição nas compras por parte das indústrias estimula o aumento das ofertas de compra”, disse nesta sexta-feira a Scot Consultoria, em boletim diário.
Segundo a Scot, o volume de boiadas confinadas –criadas com ração durante o período de seca– não tem sido suficiente para impor pressão nos preços, mesmo em um cenário de consumo de carne bovina mais moderado.