Pelo terceiro ano seguido, os preços em todos os elos da pecuária de corte brasileira estiveram em alta, resultado ainda da baixa oferta causada principalmente pelo clima.
Os valores do boi gordo e da carne atingiram recordes reais em abril e os do bezerro, em maio.
Além de as chuvas terem sido abaixo da média de 2013 até meados de 2015 em diversas regiões produtoras, prejudicando as condições das pastagens e, consequentemente, o desenvolvimento e a engorda dos animais, o abate de matrizes em anos anteriores reforçou a queda na disponibilidade interna.
Comparando-se o Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo (SP) médio de 2015 (calculado com base nas médias mensais; dezembro até dia 21) com o de 2014, constata-se valorização real de 7,8% – valores deflacionados pelo IGP-DI de nov/15.
Para a carne com osso (carcaça casada de boi), no atacado da Grande São Paulo, o aumento é ainda maior, de 9,2%.
Esses dados, portanto, mostram que a redução da oferta se sobrepôs à da demanda, neste ano de aumento das taxas de desemprego, de juros e de inflação.