O clima no Rio Grande do Sul tem sido favorável para os produtores de figo, está chovendo com regularidade e a cultura tem grande necessidade de água, com as frutas se formando no período do verão. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (30/12), a região do Vale do Caí é uma das maiores áreas de cultivo de figueiras do Estado, com destaque para o município de Feliz, onde há 120 hectares dedicados à produção da fruta.
A variedade mais cultivada é a Roxo de Valinhos, e a forma de colheita e comercialização do figo ocorre de duas maneiras: com a fruta ainda verde, quando se destina ao processamento pelas indústrias de compota; ou madura, para servir de matéria-prima nas indústrias de doce tipo schmier ou para o consumo ao natural, explicam os técnicos da Emater/RS-Ascar.
Nos municípios de Feliz, Bom Princípio, São José do Hortêncio e São Sebastião do Caí, a maior parte dos figos são colhidos maduros e vendidos no mercado ao natural, para as Ceasas de Porto Alegre e Caxias do Sul, ou destinados às indústrias de doces.
O trabalho de colheita está apenas no início, com o percentual colhido de figo verde chegando aos 5%. A da fruta madura ainda não iniciou. Além da colheita, os ficicultores realizam tratamentos para o controle da ferrugem da figueira – principal doença que atinge a cultura – com destaque para o uso da calda bordalesa, que é o método mais utilizado e bastante comum na agricultura orgânica.
Em Brochier, Maratá, Poço das Antas e São Pedro da Serra, a maior parte dos figos são colhidos verdes e comercializados para as indústrias de compotas, tanto da região quanto para as do município de Pelotas. O preço recebido pelos produtores pelo figo verde está em média a R$ 3,00 o quilo.