Com a presença de aproximadamente 400 participantes de 42 países de todos os continentes, teve início nesta segunda-feira (2), no Centro de Convenções, em Goiânia, a sexta edição da Conferência Mundial de Pesquisa do Algodão (WCRC-6) e a Conferência da Iniciativa Internacional de Genômica do Algodão (ICGI).
Diversas autoridades e representantes de instituições ligadas à pesquisa do algodão participaram da solenidade de abertura, entre elas, o governador do Estado, Marconi Perillo, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Luiz Renato Zapparoli, o presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Haroldo Rodrigues da Cunha, o presidente da Iniciativa Internacional de Genômica do Algodão (ICGI), David Stelly, e o diretor executivo do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), José Sette.
Em seu pronunciamento, Zaparolli destacou o papel da pesquisa para fazer frente a problemas que afetam a cotonicultura mundial como “o processo mudanças climáticas que alterarão drasticamente a forma como fazemos agricultura atualmente e a concorrência com fibras sintéticas”. “Os pesquisadores são nossos aliados na busca de soluções para os problemas que atingem as lavouras e para atender às necessidades da indústria têxtil”, afirmou.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa declarou que a cotonicultura mundial pode alcançar grandes avanços com a cooperação internacional. “Cooperação é a palavra da ordem para fazer frente aos desafios do futuro”, disse. Ladislau Martin Neto também enfatizou dois desafios importantes para a cotonicultura nacional – o bicudo do algodoeiro (principal praga da cultura) e a redução dos custos de produção. “Nós temos a grande honra de informar que estamos formatando junto com a Abrapa uma plataforma de pesquisa para desenvolver uma variedade resistente ao bicudo do algodoeiro”, anunciou.
Para o governador Marconi Perillo, a viabilidade do setor é indispensável para a manutenção da economia brasileira. “A cadeia produtiva do algodão é um dos setores que mais tem impulsionado o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso País. E reunir os maiores pesquisadores do setor é uma das formas mais eficientes de se avançar na qualidade e na produtividade do algodão”, declarou. Perillo ainda informou que, pensando na sustentabilidade do evento, serão plantadas 3.600 árvores para compensar a emissão de gases de efeito estufa gerados pelo WCRC-6.
Na ocasião, foram homenageados por sua contribuição com a cotonicultura mundial os pesquisadores Rafiq Chaudhry (Paquistão) e Jack McCarty, (Estados Unidos). Rafiq foi um dos idealizadores do WCRC e McCarty foi eleito o pesquisador do ano pelo ICAC.
Após a cerimônia de abertura, foram apresentadas duas conferências com os temas “Soluções inovadoras de pesquisa para melhorar a produção de algodão: quão perto estamos?”, com Yusuf Zafar, representante da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), Paquistão, e “Conectando produtores com a pesquisa”, com Adam Kay, representante da Cotton Austrália.
Os eventos seguem até a próxima sexta-feira, com a realização de oito plenárias, oito sessões paralelas, apresentação de 96 trabalhos na sessão de pôsteres e 242 trabalhos científicos.
Serviço:
6ª Conferência Mundial de Pesquisa do Algodão (WCRC-6) e
Conferência da Iniciativa Internacional de Genômica do Algodão
Período: 2 a 6 de maio
Local: Centro de Convenções (Rua 4, 1400 – Setor Central, Goiânia – GO)
Horário: 8h30 às 17h30