Analistas apontam que os contratos futuros do café arábica, na semana de 9 a 13 de março, tiveram altas motivadas por movimentos de correção, que se sobrepuseram sobre as perdas dos dias 11 e 12, puxadas pela aversão ao risco e pela força do dólar, cenário que se intensificou a partir do anúncio de pandemia do novo coronavírus feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O pânico global impactou fortemente a economia e fez o dólar comercial disparar, tendo rompido, no Brasil, a casa dos R$ 5 na última quinta-feira (12), apesar das intervenções realizadas pelo Banco Central, que ofertou, em quatro leilões, US$ 1,8 bilhão para segurar a moeda. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 4,7857, acumulando ganhos semanais de 3,3%.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2020 do contrato “C” encerrou o pregão do dia 12 a US$ 1,0885 por libra-peso, registrando alta semanal de 145 pontos. Na ICE Europe, o vencimento maio/2020 do café canéfora (robusta) subiu US$ 4 no período, negociado a US$ 1.249 por tonelada.
No mercado físico, os preços acompanharam o desempenho internacional e se valorizaram na semana. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e canéfora situaram-se em R$ 544,55/sc e R$ 318,04/sc, com ganhos, respectivamente, de 3,7% e 2,2%.
O Cepea comunica que, para o canéfora, o cenário atraiu vendedores e compradores ao mercado, possibilitando a realização de negócios no spot e no futuro. Já em relação ao arábica, os atores permaneceram retraídos e a liquidez segue baixa