O forte movimento de alta nos preços do boi gordo nos últimos meses de 2019 gerou expectativas positivas para agentes de casas agropecuárias para 2020. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a capitalização do produtor deve incentivar novos investimentos dentro da fazenda e, consequentemente, aumentar a demanda por insumos nas revendas agropecuárias ao longo de 2020.
Por outro lado, a retirada da vacinação contra febre aftosa ainda gera incertezas quanto a mudanças nas movimentações. Vale lembrar que, historicamente, a compra de vacina é um momento de maior liquidez nas revendas, já que muitos pecuaristas aproveitam o momento para adquirir também outros insumos.
Tomando-se como base dados da B3 e estimativas do Boletim Focus do Banco Central, o dólar norte-americano pode operar acima de R$ 4,00 nos próximos três anos, o que seria um novo patamar, considerando-se a série nominal do câmbio.
Esse cenário, por um lado, tende a estimular as exportações brasileiras de carne, contexto que pode favorecer o pecuarista e, consequentemente, a liquidez em casas agropecuárias. Por outro lado, o dólar elevado tende a encarecer importantes insumos pecuários que são importados, como fertilizantes, ureia e o fosfato para o sal mineral.