As exportações brasileiras do complexo soja totalizaram US$ 24,49 bilhões, para um total de 49,5 milhões de toneladas, nos nove primeiros meses do ano. O volume é 11% superior aos embarques realizadas no mesmo período de 2014, representando um novo recorde para o País.
“Também revelam que o Brasil ainda é extremamente dependente de embarques com baixíssimo valor agregado, pois quase 80% das exportações do complexo são de grãos”, aponta a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Do total, US$ 19,16 bilhões (78,2%) referem-se às exportações de soja em grão, enquanto apenas US$ 4,47 bilhões (18,3%) representaram as vendas externas de farelo e US$ 856,91 milhões (3,5%) as de óleo de soja. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A China se mantém como principal mercado para a soja brasileira. Das 49,5 milhões de toneladas de soja em grão embarcadas, 37,77 milhões de t, ou 76% do total, tiveram como destino os portos chineses, enquanto 10% do produto seguiram para a União Europeia (UE) e 8% para outros países da Ásia.
A União Europeia foi o principal comprador de farelo, sendo o destino de 6,31 milhões de toneladas – o equivalente a 56% das exportações do produto. Puxadas pela forte demanda de países como Indonésia, Tailândia e Vietnã, as exportações de farelo para os países do Sudeste Asiático, Coreia do Sul e Japão já representam 34% do volume total exportado. Trata-se de um mercado ascendente, mostra a tendência: enquanto as vendas para a UE decrescem um pouco, as destinadas à Ásia sobem consistentemente.
A Ásia é o maior importador de óleo de soja. De um total de 1,21 milhão de toneladas exportadas, 76% se destinaram ao continente asiático. Desse total, a Índia representa 42% e a China, 17%. O volume residual está distribuído entre os países da África, América e do Oriente Médio.