Formada por 15 municípios, a regional de Rondonópolis, em Mato Grosso, tem diversas cadeias produtivas em desenvolvimento e muitos projetos promissores. Uma das coisas que poucos sabem é que a região tem 300 hectares produzindo coco. Há muitos projetos em discussão e, outros bastante promissores em implantação. Além disso, as cadeias produtivas da cotonicultura, da pecuária, da soja e do milho também garantem destaque para a região.
O supervisor da Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR/MT), Alexandre Garcia conta que o Plano Anual de Trabalho (PAT) foi finalizado na segunda-feira (27/006) e, ao todo, foram realizadas 11 reuniões na regional de Rondonópolis. Ele disse que houve um aumento na demanda de treinamentos para 2017. “As próximas etapas do PAT serão o recolhimento das solicitações e as reuniões com os Sindicatos Rurais para fazer o planejamento para o próximo ano. Mas já percebemos que as solicitações por treinamentos de Formação Profissional Rural (FPR) devem aumentar em até 30%”.
Itiquira é um dos municípios que fazem parte da Regional de Rondonópolis. De acordo com o presidente do Sindicato Rural deste município, Roberto Carlos Montagna, o SENAR/MT é o principal parceiro para minimizar a preocupação dos produtores com a falta de mão de obra qualificada. Segundo ele, os agricultores investem muito dinheiro em máquinas e equipamentos agrícolas. “Algumas chegam a custar mais de R$1,5 milhão e, no entanto, na maioria das vezes não temos um profissional que consiga extrair tudo o que o equipamento ou a máquina oferece”.
Em função desta situação, Montagna diz que os treinamentos, cursos e qualificações do SENAR/MT, voltados para o setor de máquinas e implementos agrícolas são os mais demandados. De acordo com Montagna, o município planta cerca de 100 mil hectares de milho safrinha e 10 mil hectares de algodão segunda safra. “Temos ainda pelo menos 40 mil hectares de área onde os agricultores estão fazendo integração lavoura e pecuária”.
O presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Ereno Giacomelli, que produz aproximadamente de 1.800 hectares de soja na região, acrescenta que no futuro só será possível produzir utilizando agricultura de precisão. “E para isso é preciso ter profissionais qualificados. Por isso, cada vez mais os produtores estão demandando treinamentos de formação profissional rural junto ao SENAR/MT”.
Alto Araguaia também faz parte da regional de Rondonópolis. De acordo com o presidente, João Dias de Freitas, a base da economia de Alto Araguaia é a soja, mas os 900 produtores da região estão diversificando a produção. “A soja tem se destacado como uma das culturas mais importantes para a região. Mas também temos o milho, algodão, a cana de açúcar e o eucalipto”.
Alto Taquari é mais um dos 15 municípios da regional de Rondonópolis. O presidente do Sindicato Rural, Antonio Carlos de Melo Corrêa conta que dos 100 mil hectares de área agricultável, o município de Alto Taquari, destina 52 mil para o cultivo da soja e 46 mil para o de cana de açúcar. Estas duas culturas são a base da economia. “O número de produtores em nosso município é pequeno. Não passa de 50, mas assim como os outros também sofremos com a falta de mão de obra qualificada”.
O presidente do sindicato rural enfatiza que o SENAR/MT tem contribuído para a qualificação da mão de obra. “Com profissionais qualificados conseguimos diminuir a rotatividade de colaboradores. Isso também minimiza o custo. Contratar e demitir um colaborador sempre é muito caro”.
Em Alto Taquari, assim como na maioria dos municípios mato-grossenses os treinamentos mais demandados junto ao sindicato rural e consequentemente junto ao SENAR/MT são os da área de máquinas e implementos agrícolas e os de Normas Regulamentadoras relacionados à segurança do trabalho.