O leite Lactomil processado em um laticínio de Serranópolis do Iguaçu, no Oeste do Paraná, teve sua distribuição e comercialização interditadas pela Vigilância Sanitária Estadual. Amostras colhidas após denúncias de alteração no sabor do produto apontaram a presença de formol. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quarta-feira (9).
O Lactomil é processado pelo laticínio G.M. Malacarne e distribui diariamente 10 mil litros para cidades da região, inclusive para a merenda escolar. A Sesa determinou a suspensão imediata após confirmar a existência de formol no lote de leite pasteurizado produzido no dia 24 de novembro e com validade até o dia 2 de dezembro.
As amostras do leite processado no dia 1º. de dezembro também apresentaram sinais de adulteração. Segundo a Vigilância Sanitária, das cinco análises feita nos dois lotes, em todas foi confirmada presença de formol. A quantidade de formol encontrada, no entanto, não é considerada tóxica e não há registro de intoxicação alimentar por causa do consumo do leite, ainda segundo informações da Sesa.
A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento suspendeu a aquisição de leite da G. M. Malacarne & Cia, que também era fornecedora do Programa Leite das Crianças para parte da região Oeste do estado.
Outro lado
O empresário Gilvan Marcos Malacarne, proprietário da marca, disse que não foi notificado sobre a interdição. Ele afirmou que não há a menor possibilidade de o leite ter sido adulterado em seu laticínio. Segundo ele, quatro produtores se desligaram do laticínio no fim de novembro e ele não descarta a hipótese de que o produto tenha sido contaminado antes de ser repassado para o processamento.
Malacarne afirma que os lotes que apresentaram problemas chegaram ao laticínio até o dia 30 de novembro. “Coincidência ou não depois disso não ocorreram mais problemas”, afirmou. Ele disse que diariamente colhe amostras de leite e encaminha para análises de laboratório em Cascavel desde o início de dezembro.
Até a tarde desta quarta-feira (9), o processamento de leite continuava normal no laticínio que está no mercado há 17 anos.