Nem as altas de preços dos animais de reposição afastaram os recriadores/invernistas dos negócios em Mato Grosso. A demanda vem melhorando no estado, à medida que os pastos vão adquirindo vigor, já que as chuvas têm se regularizado.
Isso tem motivado os pecuaristas a reporem os animais.
A procura por bovinos mais erados para engorda também tem aquecido o mercado. Embora este não seja o período típico de demanda para confinamento, algum volume já vem sendo negociado.
De qualquer maneira, a diferença entre a oferta e a demanda no estado continua conduzindo os preços a patamares maiores. Em relação a janeiro, a cotação dos machos para reposição subiu 1,2%, na média das quatro categorias de bovinos anelorados.
Em um ano também houve valorização, de 8,2%, em média. Os destaques foram o garrote (9,5@) e o boi magro (12@), cotados hoje em R$1.570,00 e R$1.800,00, em média, respectivamente.
No mesmo período a arroba do boi terminado subiu 1,0%, ou seja, menos que os animais para reposição, afetando o poder de compra do pecuarista.
A relação de troca se estreitou. Atualmente, com o valor da venda de um boi gordo de 16,5@ no estado é possível comprar 1,41 garrote, frente a 1,53 em fevereiro do ano passado.
Os custos de produção estão maiores este ano, tanto para compra de insumos quanto para a reposição dos animais, o que exige cautela redobrada para o pecuarista que pretende repor os animais, principalmente para o aproveitamento de melhores oportunidades de negócios no momento da compra e venda.