A colheita do arroz no Rio Grande do Sul se aproxima do final, com 92,3% da área colhida, uma produção de 6.979.713 toneladas e 7.180 quilos por hectare de média, valor até agora 6,29% inferior ao ano passado, quando a média ficou em 7.662 quilos por hectare. A expectativa é de que a produção também fique 15% inferior ao ano passado, resultado das chuvas constantes tanto durante o plantio quanto na época da colheita, com diferentes intensidades para cada região arrozeira.
A Zona Sul, que sofreu com as chuvas principalmente no mês de abril, é uma das mais atrasadas na colheita com 86,6% da área colhida e uma média de 8.106 quilos por hectare. A Campanha também sofreu com as chuvas e os alagamentos de lavouras e tem 86,5% da área colhida, produção de 1.009.545 toneladas e uma média de 7.315 quilos por hectare.
A Fronteira Oeste, responsável pela maior produção do Estado, tem 96,2% da área colhida e uma média de 7.299 quilos por hectare, bem abaixo dos 8.104 quilos por hectare obtidos na safra anterior. A produção está em 2.099.381 toneladas.
As Planícies Costeira Externa (PCE) com 97,8% e Interna (PCI) com 94,5% também se aproximam do final da colheita. As produtividades nestas regiões também foram menores, com 6.459 quilos e 6.980 quilos por hectare respectivamente. Na Depressão Central, a colheita atinge 89,7% da área com uma produção de 786.771 toneladas e produtividade de 6.589 quilos por hectare.
De acordo com o gerente da Divisão de Pesquisa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rodrigo Schoenfeld, se mantém a expectativa de redução de produção em torno de 15%, devido aos problemas ocasionados pelo fenômeno El Niño, que neste ano foi muito intenso e atingiu principalmente as regiões de maior produção, como a Fronteira Oeste. “Nos chama a atenção os problemas ocasionadas em Itaqui e São Borja, que tiveram muitas áreas muito atingidas pelas chuvas, o que deve acarretar em quedas significativas de produtividade”.