Foco do mercado de trigo brasileiro no momento, a saúde da safra do Rio Grande do Sul “não corre mais riscos sérios de danos”, segundo o Dr. Carlos Forcelini, professor da Universidade de Passo Fundo. Falando sobre fungicidas a consultores da Syngenta em Passo Fundo (RS), o especialista apontou que a fase aguda dos problemas já foram ultrapassadas nas lavouras gaúchas – que seguem com boas condições sanitárias e de desenvolvimento.
De acordo com o analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco, a consequência para os preços desta informação técnica é que teremos uma oferta ao redor de 2,2 milhões de toneladas de trigo de boa qualidade de moagem no estado. O número representa uma forte expansão na comparação com a safra passada (500 mil toneladas), e será “mais que suficiente” para atender a capacidade de moagem do estado, que é de 1,3 milhão de toneladas/ano.
“Se tirarmos mais 130 mil toneladas de semente e algo ao redor de 100 mil toneladas destinadas à ração, deverão sobrar cerca de 670 mil toneladas de ‘excesso’ para a venda para o Nordeste e/ou estoque regular do governo, se assim o Conselho Monetário Nacional (CMN) permitir. A outra consequência é que existe muito pouca probabilidade de os preços subirem muito nesta safra”, conclui Pacheco.