Todo pecuarista sabe que são vários os fatores que podem interferir na produtividade e rentabilidade em campo. No caso da produção leiteira, é preciso ficar atento desde o manejo no curral ou no pasto, higiene, alimentação do gado, suplementação, doenças a uma série de questões.
Mas o que o pecuarista precisa ter em mente é que as vacas representam o maior ativo de um produtor. “Se cuidarmos bem delas, com certeza cuidarão bem de nós”, afirmou o consultor técnico da ELANCO, Lucas Souto, em ministrada palestra no dia 14 de abril, no Auditório 2 do Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO). O debate foi acompanhado por produtores, médicos veterinários e estudantes.
Segundo Lucas, este tema é bastante discutido na atualidade – congressos, palestras e pesquisas – por impactar de forma muito significativa dentro da atividade leiteira. “Questões de melhorias de manejo, por mais que sejam conhecidas por uma parcela dos produtores, são muito pouco colocadas em prática”, destacou. Na palestra, ele apresentou aspectos práticos para facilitar a implementação. “Atualmente, existem algumas ferramentas novas que podem auxiliar na saúde das vacas durante os 90 dias vitais e refletir positivamente em toda lactação”, disse.
90 dias
De acordo com informações da ELANCO, a lactação pode ser dividida em fase distintas, dependendo da produção de leite, consumo de matéria seca e gestação. Os 90 dias ativos são definidos como o período de tempo de cerca de dois meses antes do parto até um mês após o parto. As alterações físicas e metabólicas que ocorrem a partir do período seco até a lactação criam um período de alto risco para a saúde e o bem-estar da vaca leiteira. A transição bem sucedida, por meio dos 90 dias ativos, determinará o sucesso de toda a lactação, contribuindo para a alta rentabilidade da fazenda.